sábado, 28 de novembro de 2009

Pérolas do mundo dos blogs

Posted on 01:44 by MARCONI

Fábio Mozart

Aiiiiiiiiiiiii! Arrasada... quase quebrei uma unha que cresceu com tanto sacrifício. Roí unha a vida toda. Parei há uns 3 ou 4 meses e estou esperando que ela fique mais durinha, para deixar ela ficar grande. Então vivo cortando e ela continua uma geléia de tão mole. Alguém tem alguma sugestão?
Meu Deus!!!!! Enlouqueci de vez. Alguém quem?? Quem estaria lendo isso? E o pior: se alguém algum dia tiver coragem e saco suficiente para ler isso, será que essa pessoa vai ter coragem de responder a isso e ter que assumir que leu meu blog?
Vou dormir.
blog beijo
Janda

O texto acima está no blog www.janda.blogspot.com

É o “diário de uma gorda que tenta emagrecer a qualquer custo”. Pode ser mais inconsequente, frívola, vazia e fútil? Pode. Basta futucar na net que você encontra disso a pior. São as diferentes dimensões ostensivas de nossa realidade cultural.

Tem de tudo e mais um pouco nessa seara. Como é moda, conforme atesta essa Janda, acho que três entre dez internautas mantêm seu blog na internet. Mas você pode perguntar: e como foi que acessou esse blog? Procurando o blog de outra Janda, uma professora de altíssimo nível cultural e artístico, que vai ministrar cursos de artes plásticas no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana.

Ela é filha da terra de Zé da Luz, irmã do compadre Beto Lucena (o Beto de Zé de Paulo), formada em Letras e Educação Artística pela UFPB, tem curso de inglês e francês, pintora com exposição na Biblioteca Central da UFPB, no Departamento de Ciências Sociais/CCHLA/UFPB e no NAC – Núcleo de Arte Contemporânea, entre outras exposições coletivas, enfim, uma artista completa.

Para fins de desintoxicação do escrito inicial deste post, leiam o texto abaixo, da Janda itabaianense, publicado em seu blog (www.jildati.blogspot.com), e aproveitem para visitá-lo:

"LEIDA" - A CONTADORA DE "ESTÓRIAS"

No texto anterior, falei da alta rotatividade de pessoas que trabalharam em nossa casa durante a minha infância. Eram pessoas bem diferentes no modo de lidar com crianças: umas mais pacientes; outras menos cuidadosas; umas mais simpáticas, outras sisudas, enfim, cada uma com seu jeito peculiar de ser.

Josileide Targino, a nossa “Leida”, destacou-se como a mais divertida e criativa de todas. Enquanto lavava pratos ou passava roupa, por exemplo, conseguia prender a atenção de seis crianças, contando historietas, fábulas, filmes e novelas que havia assistido ou situações vividas. A maneira entusiasmada como falava das coisas simples do seu cotidiano tinha algo de fantástico, e assim nos mantinha quietos e atentos (éramos excelentes ouvintes também!). Lembro-me do enorme orgulho com que falava do seu irmão “Capelense”, que fora jogar num time de Portugal... Poxa! Parecia tratar-se de nosso irmão!

“Leida” tinha pouco estudo, mas costumava ler fotonovelas, jornais, revistas, gibis (sempre em voz alta e “catando milho”). Todavia, apesar dos tropeços e gaguejadas, gostávamos muito de ouvi-la. Aliás, a leitura era um hábito comum em nossa casa e, às vezes, isso contagiava os outros que conviviam conosco também.

Ah! Não tínhamos aparelho de TV, apenas um rádio antigo que passava o dia inteiro ligado. Lembro das tantas vezes em que dançávamos e cantávamos ao som do velho rádio, e “Leida” era a mais animada. A alegria era geral, uma festa! Ai, que saudade...

Tomar conta de uma casa com seis crianças pequenas para cuidar, fazer as tarefas domésticas e ainda conseguir prender a atenção dessas crianças sem deixá-las sair pra rua, tudo isso de forma divertida e prazerosa, só a super “Leida” fazia.

Por onde andará a nossa querida “Leida”? Não tenho a menor ideia. Faz tanto tempo... Perdemos o contato, mas nunca a esqueceremos, pois ela marcou a nossa infância com a sua alegria. Beijão pra você, garota!