sábado, 9 de janeiro de 2010
Fatinha se explica
Posted on 06:29 by MARCONI

Realmente chamei de “lixo” o JÁ paraibano, chocando os alunos de dona Fatinha Pereira. Ela disse que ofendi àquelas pessoas simples, ao comparar com lixo seu material de estudo, sua cartilha de alfabetização. Por isso, resolveu meter o pau no meu jornal “Tribuna do Vale”, para esse velho jornalista idiota “sentir na própria carne o que é receber uma ofensa”. Acusei o golpe, pedi desculpas, ela também se justificou. Declarou que admirava o “Tribuna do Vale”. Admirando seu senso de ironia, espero que seus alunos não venham a absorver os conteúdos das “cartilhas” e feliz por saber que o JÁ tem assumido esta saudável função pedagógica.
Fuçando no Google, soube que Maria Aparecida Borelli, uma educadora de Brasília, também adota jornais sensacionalistas, escandalosos e até parciais nas salas de aula. A professora do Centro de Ensino Unificado de Brasília garante que “a precariedade da educação e as desigualdades social e econômica do Brasil fazem com que o jornal tenha um papel revolucionário na educação, pois o uso dele melhora o nível de competência dos professores e contribui para a formação do aluno”. Quem sou eu para discordar? Com a palavra o educador e polemista Ivaldo Gomes.
Promover o exercício da cidadania, a que todos têm direito, formar uma consciência crítica da realidade que cerca o aluno por meio de jornais escandalosos, é no mínimo polêmico. Por exemplo, você acha que exibir ao público mulher de corpo bonito é deseducar o povo? Em tempos de escândalos e roubalheiras nas câmaras e no Congresso Nacional, o que é realmente erro ou pecado?