segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Por uma lei Carimbó

Fábio Mozart

Homem batendo em mulher. Essa opressão íntima vem sendo combatida pela Lei 11.340/06, a “Lei Maria da Penha”, coibindo a violência doméstica e familiar contra a mulher. Neguinho que surrar a companheira leva processo nas costas e pega até cadeia. A lei tem o nome em homenagem a Maria da Penha Maia, uma mulher que passou vinte anos apanhando do marido, até que ficou paraplégica. Lutou muito para ver seu agressor condenado.

Se a Constituição Federal fosse discutida e aprovada hoje, certamente modificaria seu artigo 153, parágrafo 1º, onde afirma que “todos os homens são iguais perante a lei”. As combativas feministas corrigiriam para “todos os homens e mulheres são iguais”. Nessa sociedade patriarcal, nem sempre somos iguais, homens e mulheres. Só em 1993 a Câmara dos Deputados aprovou o novo Código Civil, onde se considera a mulher em igualdade de condições com o homem na vida civil. O velho código, de 1916, considerava a mulher, o índio, a criança e o doido pessoas incapazes de exercer direitos e obrigações na vida civil. Pelo novo Código, o homem perdeu a condição de chefe da família. A sociedade conjugal passa a ser dirigida igualmente pelos cônjuges. O marido perdeu o pátrio poder e o direito de determinar o domicílio do casal.

“Do jeito que vai, o homem vai acabar sem direito algum”, lamenta-se o saudosista do tempo em que a mulher era simples objeto de cama e mesa. Mas a Lei Maria da Penha é discriminatória, porque só fala em coibir a violência doméstica contra a mulher. E o homem que apanha de sua cara metade? Aí aparece o preconceito às avessas: mulher que sofre agressão de homem é vítima, e homem que apanha da mulher é corno.

Estudos mostram que homens e mulheres se agridem em proporções iguais, ou a mulher pode chegar a cometer o maior número de agressões num relacionamento. Uma pesquisa feita pela Unidade de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Uniad) da Unifesp, com apoio da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), em 2008, concluiu: “As mulheres brasileiras são mais violentas do que os homens durante as brigas de casal. A porcentagem de mulheres que agridem os parceiros é de 14,6%, enquanto o relato de homens que batem no sexo oposto é de 10,7%”. Esta pesquisa mostra ainda, assim como muitas outras, que as mulheres tendem a cometer a maior parte de agressões leves e a atirar objetos nos seus parceiros.

Conheci um compadre que sofria nas mãos da sua patroa. Eram surras diárias com cipó de jucá, tamanco, virola de pneu e cabo de vassoura. O pobre homem vivia humilhado, sendo caçado em tudo que era bar. Ele era forte e brabo, mas diante da mulher virava um cordeirinho. Temia a sua algoz como o diabo tem medo da cruz. Teve problemas psicológicos por causa desse relacionamento conturbado. O nome do homem eu não digo, mas o apelido é Carimbó.

Sei que vou receber muitas críticas das minhas amigas feministas, mas forçoso é reconhecer que a mulher é quem comete mais violência psicológica contra o homem. Ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, principalmente em relação a bares e similares, a maioria dos homens é vítima de toda essa coação. A lei Maria da Penha é, portanto, inconstitucional por ser discriminatória. Que se aprove uma Lei Carimbó, para proteger os homens do gênio irascível da maioria das mulheres.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Meu amigo baiano

Fábio Mozart

Dizem que baiano burro nasce morto. E paraibano nem nasce! Conheci um cara a quem chamavam de Baiano, mas ele mesmo nunca definiu de onde veio. Foi assim: em 1972 eu editava um periódico literário por nome “Jornal Alvorada”. Arrumei emprestado com o prefeito de Itabaiana, Aglair da Silva, um maquinário gráfico antigo e montei minha tipografia numa casa de taipa no bairro Açude das Pedras. Não havia eletricidade, a impressora era manual. Meu ajudante chamava-se Biu Penca Preta. Por aí se percebe a imprestabilidade daquele empreendimento, sem muita ligação com a realidade.

Um dia me aparece um senhor de meia idade, alto e magro, cabelos compridos brancos, barbicha idem, maltrapilho e super gago. Pedia esmolas. Alguém o chamou de baiano e ficou assim batizado. Gostei do seu jeito, logo foi agregado à gráfica “sopapo” como ajudante. Dormia na casa, alimentava-se de pão e água, fumava muito. Queixava-se de uma dor de cabeça crônica. Para amenizar a dor, soltava bombas junto ao ouvido. Creio que sofria de um tumor cerebral.

Descobri que Baiano falava, lia e escrevia em inglês, alemão e espanhol, adorava ouvir as rádios estrangeiras em ondas curtas. E revelou-se para mim outro fenômeno: Baiano tinha uma memória excepcional. Decorava tudo que lia imediatamente. Sabia a Bíblia toda de cor.

Comprei um rádio velho para ele. Passava as noites ouvindo emissoras de outros países e fumando sem parar. De vez em quando soltava uma bombinha perto do ouvido para amenizar a dor. Esse homem cuja amizade me honrou, viveu conosco até morrer, certamente do mal de que se queixava. Por indecisão, negligência ou por outras razões, jamais soubemos de suas origens, do seu passado. Suas manias e seu jeito denotavam alterações patológicas. Sua mente guardava segredos acima do padrão normal.

Não existem vidas comuns. Cada uma esconde um milagre.

Eliane Brum é uma jovem jornalista, autora de um livro chamado “A vida que ninguém vê”. Nele, a autora afirma que “não podemos nos iludir com a cegueira do cotidiano”. Para ela não existem vidas comuns, existem olhos domesticados.

ILUSTRAÇÃO: “Cabeça de velho”, de Cândido Portinari

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não existem vidas comuns

Fábio Mozart

Encontrei o Professor Benjamim, um dos meus raros leitores, no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana. Ele veio entregar cerca de 200 livros da Universidade Estadual da Paraíba para a biblioteca comunitária Arnaud Costa que acabamos de inaugurar. O mestre perguntou de chofre:

– Por que você fala tanto em Itabaiana e Mari, e pouco menciona Timbaúba, sua terra natal?

Pergunta pouco desafiadora, posto que fácil de responder. É que saí de Timbaúba com apenas 8 anos de idade. Morei 25 anos em Itabaiana, onde vi, ouvi e vivi tudo o que foi interessante para minha formação, nada de excepcional ou extraordinário, um passado “pouco recomendável” perante a sociedade. Mas é como disse o pensador: aquilo que vem ao mundo para nada perturbar não merece nem contemplações nem paciência. Foi com esse pensamento que meu professor Zenito Oliveira procurou me conhecer, quando chegou a Itabaiana com sua Irene Marinheiro.

– Quem é aquele barbudo?

– Um comunista metido a boêmio, frequentador de puteiro.

– Pois é com esse povo que eu gosto de conviver – disse o mestre Zenito.

Dito e feito. Ficamos amigos, gostei de sua franqueza, ele admirou minhas ideias meio confusas na política e nas artes, e assim formamos uma patota. A imagem mais remota que guardo de Zenito foi quando, por obra e desgraça dos lambe-botas da ditadura e meia dúzia de falsos moralistas, nosso professor e amigo Idalmo foi expulso do Colégio Estadual. Zena foi um dos poucos colegas de profissão a ficar ao lado do nosso “senador”, um ato de muita coragem naqueles tempos safados.

Mas estou eu tergiversando. Quero falar mesmo é de Timbaúba, nas remotas eras de minha infância. Foi na Princesinha da Serra onde nasci na Rua do Sapo. Depois fomos morar no bairro Timbaubinha, numa casa de esquina em frente a uma praça que ainda hoje está lá. Foi onde bateram essa “chapa”. O quinto menino da direita sou eu aos oito anos. Ao meu lado, meu primo Josué de camisa listrada, o cara que construiu uma máquina de projetar filme, um encantamento para meus olhos de garoto pobre. Era uma caixa de sapato com lâmpada vazada e cheia d’água. O filme, pedaços de fita que arrumavam no cinema Alvorada. Nunca esqueci aquele projetor. Essa imagem fantástica ainda hoje está viva na minha emoção. Minha aspiração intensa passou a ser construir um daqueles aparelhos encantados.

Daquele grupo de pessoas, só minha mãe está comigo. Os demais, não sei onde o destino os levou. Sei que minha tia Judite, ao fundo, ao lado de mãe com o garoto, faleceu. Esse garoto é meu irmão Nôca. Fico refletindo: onde estarão essas pessoas hoje? O que foi feito de suas vidas? Não existe vida comum. Cada uma esconde um milagre. Sabe o que faria se tivesse grana? Investiria numa busca insistente para recuperar a história individual de cada figura dessa foto antiga.

Amanhã falarei de um cara excepcional que conheci em Itabaiana. Não percam esse eletrizante capítulo da novela “Não existem vidas comuns”.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Falando mal dos amigos

Fábio Mozart

O grande Ariano Suassuna fez o público gargalhar em uma de suas “aulas-espetáculo” a respeito do disse-me-disse:

− Tem coisa melhor do que falar de um amigo pelas costas? Veja bem: o sujeito desafoga um infortúnio do espírito e ainda preserva o amigo...

Pois vou disseminar umas especulações que andam fazendo em torno do meu amigo Ferreirinha, Presidente do Gayrreiros do Vale, organização não-governamental que trabalha pela afirmação dos direitos humanos em Itabaiana. Um rapaz por nome Jailson Andrade, por sinal dono de uma ótima redação, acima da média, enviou mensagem onde pede para divulgar denúncias que faz contra Ferreirinha. Segundo ele, o líder dos Gayrreiros vem cometendo desmandos à frente da entidade, terminando por manobrar “nas caladas da noite” para impedir a realização de eleições, onde o próprio Jailson seria candidato de oposição, conforme entendi. Diz que Ferreirinha mudou os estatutos, configurando-se num “golpe branco” contra a democracia interna da associação.

Como manda o bom jornalismo, remeti mensagem ao próprio Ferreirinha para saber de sua versão sobre o fato. Recebi resposta que depois publico. Não faço julgamento pessoal, quem sou eu para julgar as pessoas?

Vivemos um momento proativo na vida cultural de Itabaiana, apesar das brigas políticas contraproducentes e das atitudes um tanto mesquinhas de algumas figuras. Temos aí o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, contribuindo com essa efervescência cultural há muito tempo esperada. Hoje vemos grupos teatrais, grupos de dança, movimento de artistas plásticos, artesãos, cineastas e compositores produzindo e tentando mostrar sua arte. O Gayrreiros do Vale é uma entidade que soma nessa interatividade, ajudando a sociedade a transpor seus problemas sociais, denunciando e fazendo sua parte, como provam os diversos projetos sociais e culturais já desenvolvidos.

Se há problemas internos a resolver, quero mais é que sejam achadas soluções de consenso, sem que para isso venhamos a crucificar fulano ou beltrano, mesmo porque, uma entidade que tem como princípio a “humanização do ser humano” não pode entrar em disputa acirrada por valores nocivos como ganância pelo poder, falta de visibilidade e intrigas próprias de partidos políticos burgueses, se bem que até incluo os ditos socialistas nessas práticas.

Proponho ao Jailson e ao Ferreirinha, e demais interessados, um grande debate público, aberto e democrático, para dirimir as dúvidas e colocar a disputa em níveis civilizados. Para o bem da sociedade como um todo. E para o convívio harmonioso dos que acreditam na coesão da unidade social.

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FOTO – Ferreirinha lidera ONG que atua na defesa dos direitos humanos

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tragédias e comédias das alcovas

Fábio Mozart

O sexo tornou-se o centro de nossas vidas, motivador de nossas ações, por ele se mata e se morre; enfim, controlar a sexualidade alheia é uma das formas mais poderosas de exercitar o poder.

Mas isso não é de hoje. Estou lendo “Dois mil anos de segredos de alcova – de Nero a Hitler”, Claude Pasteur. Conta casos sobre a impotência do poeta Ovídio, o abuso de afrodisíacos por Lucrécio, as bacanais de madame Wou na China, a fimose de Luiz XVI, as extravagâncias do duque de Choisy e os órgãos sexuais atrofiados de Felipe Augusto. Essas curiosidades sexuais de figuras ilustres da História desfilam no livro de Pasteur, mostrando como os problemas da sexualidade afetaram a psicologia das figuras que foram essenciais nos destinos da humanidade.

Entre doenças venéreas, impotências, noites de núpciais doidas e pressão religiosa, desfilam os humilhados e incapazes, os malucos e tarados da História. Ainda estou na página 47 e já passaram as traições de Vênus, um casamento forçado entre uma santa e um príncipe brutal e a história de uma imperatriz chinesa que gostava de beber o esperma do príncipe. Por sinal, na China, antigamente os assuntos do sexo eram tratados de forma clara, sem nenhuma vergonha. O contato com a cultura ocidental mudou o comportamento, criando o sentimento de pudor de debater os temas sexuais. A madame Wou beijava os pênis dos seus ministros. Manteve-se ativa sexualmente até aos setenta e oito anos, quando foi presa e morreu na cadeia.

Sobre sexo e poder, versão paraibana, remeto a crônica do nosso site: fabiomozart.com/joao_pessoa_21.html

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Combatendo o bom combate e revendo amigos.

Arnaud, Iraci e Dr. Joaquim.

Foi assim na inauguração da Biblioteca jornalista Arnaud Costa no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar em Itabaiana, cidade que a cada dia que passa está mais provinciana. Minha cidade vem perdendo a elegância e sofisticação de outrora. A nova geração está perdida num mar de mediocridade. O que resta de lazer para a juventude são os bares e barracas no meio da rua onde se bebe e se ouve música de péssimo gosto. O modo de pensar ou agir de nossos conterrâneos indica a falta de elevação moral da nossa gente. Sem querer afrontar ninguém, que aqui não falo do geral, mas da maioria, o que se convencionou chamar de imaginário coletivo.

É porque nos faltam formação e desenvolvimento intelectual. Com isso também se vão a delicadeza e a urbanidade. Propagar som em altos decibéis no meio da rua, urinar nas portas das pessoas, avacalhar com o que temos de rico e tradicional, ignorar as boas maneiras e o respeito entre os cidadãos, tudo isso é resultado da falta de educação, a doméstica e a formal.

O que fazer? Ignorar essa tragédia que põe em risco nosso futuro? Perder o ânimo diante da inércia oficial e da falta de vontade dos educadores para superar essa tragédia? Ou acreditar até o último minuto que alguma coisa pode ser feita, e que você deve fazer a sua parte?

Nem tudo está perdido. Eles se chamam Joelda, Maria das Dores, Edglês, Rose, Débora, Joseildo e outros jovens que se colocaram como voluntários para organizar uma biblioteca comunitária. São estudantes que estão aprendendo a gostar de livros e de arte. Isso é uma das razões para que pessoas como este velho guerreiro continuem na batalha, remando contra uma maré braba no sentido de levar conhecimento e ilustração principalmente para a juventude.

No dia 29 de janeiro, inauguramos a Biblioteca Comunitária Arnaud Costa. Opotunidade para rever velhos amigos de antigas lutas etílicas, políticas e culturais de Itabaiana. Figuras que hoje moram em outros lugares e atenderam ao convite do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Meus professores Idalmo da Silva, Zenito Oliveira e Irene Marinheiro estiveram lá, abraçando a família Palhano nas pessoas de Romualdo, Beto, Palmira, Ecilio,Tânia e dona Hilda. Minha mãe Iraci deu um abraço saudoso na professora Nel Ananias. Meu pai Arnaud Costa encontrou o velho amigo Edílson Andrade, o professor Edmilson Jurema, Manoel Medeiros e outras pessoas de nosso tempo. Meus irmãos Vasti e Sósthenes reviveram esse encanto de estar na nossa terra com amigos comuns numa noite mágica de teatro e confraternização cultural. O Grupo Piollin apresentou um espetáculo magnífico, com texto de Altimar Pimentel e direção de Buda Lira: “Casamento de branco”. O professor Romualdo Palhano fez o lançamento oficial de dois livros, um de poesia e outro sobre a história do teatro na Paraíba.

A variada programação da noite agradou a todos, incluindo um grupo de alunos que foram levados ao Ponto de Cultura Cantiga de Ninar pelo seu professor. Se um daqueles jovens estudantes saiu dali pensando no que viu e ouviu, sentindo chegar no seu pensar o voo rasteiro da ave da intelectualidade, se ele ao deitar ficou raciocinando sobre o encanto da representação teatral que acabou de ver e as palavras candentes dos poetas, já valeu a pena o esforço de nossa equipe para organizar a festa.

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Ainda o tema polêmico do Haiti

Foram 578 acessos ao post, com muitos comentários sobre a crônica “Religião do Haiti”, publicada no blog. Meu recorde absoluto. Algumas das observações:

“Depois de ler as tolices de alguns leitores escritas abaixo, a maioria sem se identificar, vi que não é só o embaixador que pensa assim. Então quer dizer que Dra. Zilda era também praticante do voduismo? Pois se ela morreu lá...” (Wilson Pereira – Brasília –DF)

“Olá Fábio! Tudo o que escreve de forma bastante esclarecedora nos mostra o quanto ainda tem boçais ocupando tribunas e cadeiras de poder. Pobre embaixador... Para você, parabéns! Cada vez mais vamos construindo nossas opiniões acerca dessa tragédia, que para mim, começou com o desrespeito com esse povo lindo haitiano, desde a colonização. Abraço fraterno!” – Maria Vitória Ramos – Formiga – MG)

“Fiquei surpresa e encantada com a seriedade e inteligência que você usou ao abordar um tema tão polêmico. Parabéns.” – Rosi Finco – São Paulo – SP)

“Olá Fábio! Excelente. Não tenho religião (apenas acredito em Deus), não sou contra nenhuma delas e entendo a importância de todas dentro da sociedade. Achei muito bacana sua iniciativa de expor idéias baseadas em estudos sérios e não declarações levianas de um homem que raciocina com a carteira e toma decisões politicas baseadas no favorecimento próprio. Abraços.” – Michel Araújo – Itapevi – São Paulo

“Gostei muito do seu texto. Estava um pouco angustiada, por ter escutado, não de um embaixador, de um ser que crer ser "humano", que a tragédia foi a mão de DEUS, pelas práticas religiosas "daquele povo", que segundo ele deviam todos ser "exterminado para não contaminar" assim como todos que tentassem ajudar, velhos jovens ou crianças". Acredito em DEUS, amo incondicionalmente à DEUS, mas ELE não tem culpa nessa tragédia. Quem joga bomba, faz guerra biológica, agride de todas as maneiras a natureza, somos nós, seres humanos.” – Sigel – Volta Redonda – RJ

“Parabéns, amigo, por um texto simples e necessário. Quisera que fosse mais lido - se bem que aqueles que mais o necessitam nunca o leriam de qualquer jeito, ou, caso lessem, diriam "que horror!" e orariam pela salvação de sua alma. Uma boa alma, por sinal - sem salvação miojo, ou seja, instantânea: siga as instruções do pacote e é só adicionar água. Um abraço!” – Dalva Aqne Lynch – São Paulo – SP

“Excelente! Parabéns, Fábio! Não ligue para aqueles que fanatizados, babacas do Apocalipse, usam Deus como arma. Como não tenho a finesse do Daumon, postarei um texto em resposta a tanta asneira. Abraços.” – Dusept (64 anos) – Paris – França

“Gostei muito, Fábio! Parabéns”. Ronaldo José de Almeida – (Advogado, jornalista e escritor) – Montes Claros – MG

Isso de catástrofes naturais leva ao meu profeta favorito, o grande Raul Seixas, que cantava assim no disco “As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor”:
"Tá rebocado meu compadre
Como os donos do mundo piraram
Eles já são carrascos e vítimas
Do próprio mecanismo que criaram..."

"...Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo..."

Aproveitando a deixa, lembro que fazem duas décadas que morreu Raul Seixas. Viveu 44 anos criticando a moral estabelecida e tomando porre. Até hoje os jovens cantam suas canções.

Na foto daí de cima, eu cantando o repertório de Raulzito em 1988. Mas isso é outra história que eu conto depois.

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